Brasil ganha todas e vai enfrentar a China no vôlei

Brasil ganha todas e vai enfrentar a China no vôlei

15/08/2016 - 09:08

Nada daquele sufoco de quatro anos atrás. No Rio de Janeiro, o Brasil teve um início animador em busca do terceiro título olímpico. Ao vencer a Rússia na última partida da fase de classificação por 3 a 0, parciais de 25/23, 25/21 e 25/21, a seleção garantiu a liderança do grupo A, com triunfos nas cinco partidas e nenhum set perdido até agora. A equipe de José Roberto Guimarães evoluiu a cada jogo e mostrou força diante de uma das favoritas a um lugar no pódio.

– Eu esperava que a gente fosse fazer uma boa primeira fase. Pelos treinamentos, que eu estava vendo, o que elas estavam apresentando, esperava que fosse uma boa primeira fase. Vamos ver se conseguimos fazer uma segunda fase tão boa quanto a primeira. Eu, sinceramente, não estou nada eufórico. Eu já sofri muito, tomei muita paulada na vida. Tudo pode acontecer. Não tem essa de achar que estamos bem, que não perdemos nenhum set. Já virei a página – disse o treinador brasileiro.

O nível deve aumentar, é verdade. Mas, até aqui, a seleção mostrou consistência. Com um sistema defensivo sólido, o Brasil conseguiu se impor em todos os jogos da primeira fase. Diante de rivais mais fracos, chegou às vitórias sem muitos problemas. Contra a Rússia, o primeiro desafio de verdade, outra grande atuação. O adversário da vez é a China, na próxima terça, às 22h15, no Maracanãzinho. Confira como foi cada passo da equipe rumo às quartas de final.

Brasil X Camarões

Era preciso se livrar do peso de uma estreia olímpica, dentro de casa. É bem verdade que, do outro lado, o adversário não causava assim tanto medo. Em sua primeira partida nos Jogos do Rio, o Brasil encarou Camarões, que entrava em quadra pela primeira vez em uma Olimpíada. A seleção não fez uma partida brilhante, mas não teve problemas. Ainda que as rivais tenham mostrado muita vontade de causar uma boa impressão, o Brasil dominou a partida e conquistou uma vitória tranquila, em 3 sets a 0. Teve até trenzinho no fim, para comemorar junto à torcida.

Brasil X Argentina

A partida contra a Argentina se apresentava como um clássico, mas não era bem assim. Assim como Camarões, as hermanas fazem sua estreia em Olimpíadas no Rio. A diferença em quadra era gritante. O Brasil deu seu primeiro salto de qualidade ali. Mais segura em quadra, a seleção contou com uma defesa sólida e uma ótima atuação de Sheilla. O duelo não exigiu tanto, mas a equipe mostrou segurança e tranquilidade para bater um rival mais fraco.

Brasil X Japão

O duelo contra as japonesas se apresentava como o primeiro grande desafio. Não foi bem assim. As orientais, apesar de rápidas, não ameaçaram as brasileiras. Foi uma vitória tranquila, com uma performance quase perfeita de Dani Lins. Diante de um rival que se desdobrava na defesa, a levantadora distribuiu o jogo com inteligência, explorando jogadas com Sheilla na saída de rede, com Natália e Fê Garay e com as centrais Fabiana e Juciely à medida certa. A equipe ainda contou com a volta de Thaísa, que ainda não havia entrado em quadra na competição.

Brasil X Coreia do Sul

Em Londres, uma derrota para a Coreia do Sul quase impediu o sonho do bicampeonato olímpico. Desta vez, porém, as rivais não conseguiram fazer frente ao Brasil. Com mais uma atuação sólida, o sistema defensivo brasileiro tirou do jogo Kim Yeon-Koung, a maior arma das coreanas. Na partida, Natália foi o maior destaque, com uma atuação consistente em todos os setores, do ataque ao passe. A equipe mostrou firmeza e empolgou o Maracanãzinho. Faltava o passo final.

Brasil X Rússia

Era o confronto das duas equipes invictas no Grupo A. Pela primeira vez nesta Olimpíada, as meninas do Brasil enfrentaram um rival de alto nível e também candidato à medalha: a Rússia. Mas não deu nem para a saída. Com o bloqueio afiado e a dupla Natália/Sheilla precisa nos ataques, as meninas venceram fácil por 3 a 0, parciais de 25/23, 25/21 e 25/21. E fecharam a primeira fase de forma impecável: cinco jogos, cinco vitórias, 15 sets vencidos e nenhum perdido. Campanha que até agora lembra a de Pequim 2008, quando o Brasil perdeu apenas um set em toda a competição. Vem outro ouro por ai?

Fonte: CIDADE VERDE