Produção agrícola do Piauí amarga queda de 53% em um ano, mostra IBGE

O Piauí registrou uma variação negativa de -53,1% na produção agrícola 2016 de cereais, leguminosas e oleaginosas em relação ao ano passado.  Os dados foram divulgados nesta terça-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa da safra mostra que em 2015 foram produzidas no Piauí 3.052.744 toneladas contra 1.430.384 deste ano.

A queda maior foi na produção do algodão herbáceo. Em 2015 foram 50.875 toneladas colhidas contra 15.077 em 2016, uma variação de -70,4%. Outra queda substancial foi registrada na produção de soja. No ano passado foram colhidas 1.772.722 toneladas contra 644.263 em 2016. A variação negativa é de -63,7%. 

O arroz também registrou queda na produção de -41,6%, assim como o feijão (-35,8%) e o tomate (-33,4%).

O milho também teve uma variação negativa de -44,6% na 1ª safra entre 2015 e 2016, mas na 2ª safra a variação no intervalo de um ano foi positiva com índice de +3.593,1%. Foram colhidas 2.104 toneladas (2015) e 77.702 (2016)    

Nacional

A oitava estimativa de 2016 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 186,1 milhões de toneladas, 11,1% inferior à obtida em 2015 (209,4 milhões de toneladas). Em termos absolutos são 23,3 milhões de toneladas a menos em relação à produção obtida na safra anterior. 

Na comparação com a avaliação de julho a queda é de 1,5%, uma redução de 2,8 milhões de toneladas. A área a ser colhida é de 57,4 milhões de hectares, 0,4% menor que a do ano anterior (57,6 milhões de hectares), tendo em agosto uma redução de 0,4%, o que representa 226 802 hectares. 

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 92,6% da estimativa da produção e responderam por 87,8% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 3,0% na área da soja e reduções de 1,3% na área do milho e de 9,8% na área de arroz. 

No que se refere à produção, as avaliações foram negativas em 0,8% para a soja, em 14,9% para o arroz e em 23,4% para o milho, quando comparadas a 2015.