Após denúncias, Procon fiscaliza agências bancárias em greve no Piauí

Após denúncias, Procon fiscaliza agências bancárias em greve no Piauí

13/09/2016 - 23:29

Fiscais do Procon realizam operação na manhã desta terça-feira (13) nas agências bancárias do Piauí verificando o funcionamento mínimo durante a greve, que teve início no último dia 6. Segundo o Ministério Público do Estado, a fiscalização acontece durante todo o dia de hoje e deve seguir pelos próximos dias conforme houver reclamações. 

O MPPI informou que a fiscalização começou nas agências do Banco do Brasil da praça do Liceu Piauiense e na da Caixa Econômica Federal da Praça Rio Branco, ambas no Centro de Teresina. Os fiscais buscam fiscalizar se os caixas estão abastecidos com dinheiro e se há envelopes disponíveis para transações bancárias como depósitos. Essas foram as principais reclamações da população da capital piauiense durante a greve. 

O Procon vem realizando as fiscalizações desde o ano passado, durante o período da greve dos bancos. As reclamações podem ser encaminhadas pelo telefone (86) 3221-5848. 

No Piauí, segundo o Sindicato local, há pelo menos 130 agências paralisadas. Em todo o país, a categoria estima que metade dos bancos estejam sem funcionar, de um total de mais de 22 mil. A última paralisação durou 21 dias e ocorreu em outubro de 2015. 

Atendimento

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

Reivindicações

A categoria rejeitou a primeira proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) - de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

A Fenaban disse em nota que "o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa".

 

Fonte: cidade verde.com