Bandidos fazem reféns e explodem caixas eletrônicos em Demerval Lobão

Pelo menos quatro homens armados com fuzis e pistolas explodiram os terminais de autoatendimento do Banco do Brasil e do Bradesco de Demerval Lobão por volta das três horas da madrugada de hoje (16). Na entrada da cidade, eles ainda teriam feito alguns moradores de reféns para evitar aproximação da polícia enquanto agiam dentro das agências e teriam disparado várias vezes para cima para intimidar a população e as forças de segurança.

De acordo com o capitão Nunes, do 6º BPM, os reféns foram liberados logo em seguida ao roubo e os criminosos fugiram em direção a Teresina, seguindo no rumo do Rodoanel, na BR-316. Eles se deslocavam em um veículo modelo Renault Duster branco e a viatura da PM chegou a iniciar uma perseguição, mas não conseguiu alcançá-los. "O veículo deles era mais potente e nossa viatura apresentou um problema, uma falha na aceleração, então nós os perdermos. Mas acionamos o batalhão vizinho, que é o 8º, para também auxiliar nas buscas", explica o capitão Nunes.

Ainda segundo ele, os criminosos podem ter levado uma boa quantia dos terminais, uma vez que os caixas da cidade tinham sido reabastecidos há poucos dias.

Segundo ataque em menos de 24 horas

A explosão dos caixas do Banco do Brasil e do Bradesco de Demerval Lobão aconteceu menos de 24 horas depois da explosão do do caixa do BB que ficava dentro da Prefeitura Municipal de Picos, a 308 quilômetros de Teresina. Assim como no caso de Picos, os criminosos, segundo a polícia, aparentavam ser de outros estados. O capitão Nunes explica: "os moradores que foram feitos reféns informaram que os suspeitos tinham um sotaque diferente, o que nos leva a acreditar que não são daqui", diz.

Ontem, em conversa com o PortalODia.com, o comandante do 4º BPM de Picos, coronel Viana, já havia informado que essas quadrilhas que atuam no roubo a bancos muitas vezes vêm do Ceará e Maranhão e agem em municípios pequenos onde sabem que o efetivo policiais é reduzido. "A ação deles está cada vez mais ousada, mas estamos com um trabalho de fiscalização das nossas divisas, juntando forças dos batalhões dessas cidades menores para tentar coibir esse tipo de ação", falou o coronel.