Mulher ainda é tratada como 'figura de segundo grau' no Brasil, diz Temer

Mulher ainda é tratada como 'figura de segundo grau' no Brasil, diz Temer

09/03/2017 - 08:31

O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (8), em discurso no Palácio do Planalto, que a mulher ainda é tratada como "figura de segundo grau" no Brasil.

Temer deu a declaração durante evento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher no qual o governo anunciou medidas para humanizar o parto normal e reduzir intervenções consideradas desnecessárias.

"Aqui no Brasil e ainda em outras partes do mundo, a mulher ainda é tratada como se fosse uma figura de segundo grau, quando na verdade ela ocupa o primeiro grau em todas as sociedades", declarou.

Mais cedo, nesta quarta, o presidente já havia divulgado um vídeo sobre o Dia da Mulher nas redes sociais no qual afirmava que a "preocupação com a posição da mulher" na sociedade deve ser constante.

Acompanhado da primeira-dama, Marcela Temer, o presidente também afirmou no evento desta quarta no Planalto que, se a sociedade "vai bem", é porque as pessoas tiveram uma formação adequada em casa, e "isto quem faz não é o homem, quem faz é a mulher".

O presidente citou, ainda, as delegacias da mulher, o Ligue 180, canal para denunciar violência doméstica, e movimentos sociais que defendem os direitos das mulheres.

A mulher no mercado de trabalho

Durante o discurso, Temer afirmou ainda que, atualmente, homens e mulheres são "igualmente empregados, com algumas restrições". No entanto, para o presidente, mesmo com essas "restrições", "a gente vê como a mulher ocupa espaço executivo de grande relevância".

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, as mulheres trabalham, em média,7,5 horas a mais que os homens por semana.

A pesquisa Catho, porém, que avalia 8 funções, de estagiários a gerentes, aponta que as mulheres ganham menos do que os homens em todos os cargos. A maior diferença é no cargo de consultor, no qual os homens ganham 62,5% a mais do que as mulheres.

 

Fonte: G1