FGTS: Beneficiários vão usar conta inativa para pagar dívida

FGTS: Beneficiários vão usar conta inativa para pagar dívida

11/03/2017 - 09:51

O pagamento das dívidas é o destino mais citado para os recursos liberados das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). VEJA.com visitou três agências e uma lotérica nesta sexta-feira, primeiro dia de pagamento das contas inativas do FGTS – podem sacar agora os nascidos em janeiro e fevereiro.

Esse é o caso da estudante Marilisa de Moura Borges, 24, que foi até a agência Cambuci para descobrir se tem ou não dinheiro para receber.

Ela diz que não sabe contas inativas tem, mas que se houver saldo a retirar irá usar o dinheiro para pagar dívidas.

O comerciante Sidney de Oliveira, 56, afirma que não há motivo para se desesperar para sacar o FGTS. Mesmo assim, ele foi atrás de sua conta logo no primeiro dia. Seu objetivo também é zerar débitos. “Quais brasileiros que não têm compromissos hoje em dia, desde cartão de crédito ou contas do dia a dia? […] Preciso efetuar alguns pagamentos, tenho alguns compromissos de início do ano. Tenho impostos para pagar e dívida não é brincadeira”.

O analista de conteúdo Edilson Moreira da Silva, 43, também quer quitar seus débitos. “Vou pagar dívida, trabalhador vive pra pagar conta.”

A planejadora financeira Angela Nunes, diz que a última coisa que se deve fazer é torrar esse recurso em compras. Segundo ela, o FGTS foi estruturalmente criado para socorrer os trabalhadores em momentos importantes da vida, como demissão, aposentadoria ou compra da casa. Portanto, não deve ser usado para satisfazer o simples desejo de consumir.

“Nada mais punitivo para o cidadão do que estar endividado, especialmente se for nas linhas de crédito ou produtos de crédito mais perversos que têm para a pessoa física, como o cheque especial e rotativo do cartão de crédito. Se ele estiver endividado nessas modalidades é quase mandatório usar o dinheiro para quitar dívida. Pagar dívida é a recomendação básica e primordial”, diz.

 

Fonte: (Com informações da VEJA.com)