Parceria Assistência Social e Saúde em Pedro II no mutirão contra a dengue

Parceria Assistência Social e Saúde em Pedro II no mutirão contra a dengue

06/04/2017 - 19:19

SAÚDE

Controle e vigilância são as armas do cidadão contra doenças

A Secretaria Municipal de Saúde está prestes a realizar distribuição dos repelentes anti-mosquito, que é uma parceria entre a Assistência Social e a Saúde. A Assistência Social entra com toda essa parte toda de cadastro, das gestantes do Programa Bolsa Família, e o Ministério da Saúde, que enviou os repelentes.

De acordo com a Coordenadora de Atenção Básica à Saúde, Enfermeira Karen Gonçalves, o quadro é este: “Em virtude da preocupação com esse grupo, que é um grupo de risco, das gestantes, por conta das endemias, relacionada a dengue, chicungunya e zica, que pode ocasionar a microcefalia nos bebês. Então como uma prova de prevenção, o Ministério da Saúde ele manda repelentes, repelentes por sinal muito bons, que podem ser usados por gestantes e por crianças a partir dos 2 anos. Que é até importante frisar isso, que as mães não usem nas crianças (bebês), porque eles [repelentes] vêm para gestantes.”

Ela segue informando da entrega dos repelentes: “Esses repelentes têm duração de 10 horas e amanhã, as gestantes amanhã (07/04) na sede do memorial [Tertuliano Milton Brandão], todas as gestantes do município irão receber o repelente, e esses repelentes têm a duração de 2 (dois) meses; quando acabar o prazo de 2 (dois) meses elas receberão mais. Elas vão ficar recebendo durante toda a gravidez, a cada 2(dois) meses, vai ser distribuído junto com grupos de oficina que o Social já está planejando as entregas de enxovais também. O evento de amanhã, que é a parceria entre a Saúde e o Bem Estar Social vai acontecer no mesmo horário, às 10 horas da manhã, nós vamos entregar os kits de enxoval, fazer as entregas do repelente, palestra educativa com enfermeiro, psicólogo e fisioterapeuta.”

Karen Gonçalves explica ainda que mesmo após esse dia, as gestantes que estiverem no cadastro social do Programa Bolsa Família, elas irão receber; na consulta da Estratégia Saúde da Família – ESF, a enfermeira ou o médico que estiver realizando o atendimento já vai fazer o cadastro da gestante em um programa específico e essa gestante vai ser colocada no sistema do bolsa família e após o cadastro ela irá receber o repelente com a validade de 2 (dois) meses. Ela pode não receber esse mês, mas vai receber a partir do mês de maio. Ela, a gestante, pode procurar tanto a Secretaria de Saúde quanto a Secretaria de Assistência Social.

Dengue: atenção e ação de todos é fundamental

“A preocupação com a dengue pela Secretaria de Saúde e o Setor Epidemiológico, com a Coordenadora, Enfermeira Maria Herlândia, ela tem muita preocupação nesses casos, porque o nosso clima é muito propício para várias doenças, para várias endemias. O mosquito causador dessas enfermidades ele encontra um ambiente completamente acessível para se proliferar; então assim, a gente costuma dizer que a cidade é tão boa que dá de tudo! E realmente dá! É uma cidade muito endêmica.” Explica Karen.

“No caso das notificações o que acontece é que a população procura os serviços de Saúde muito tardiamente. Isso atrapalha! E as notificações elas ficam mais a cargo de atenção básica do que a nível hospitalar. Então muitas vezes também essa população, quando ela sente o sintoma, ela já vai direto ao hospital e não procura a atenção básica.” Reforça Karen.

Ela, Karen Gonçalves, aproveita para dizer que a população procure a atenção básica, assim que sentir qualquer sintoma – porque a porta de entrada para o sistema de saúde (SUS) é o Programa Saúde da Família – PSF. “Existem 15 PSF todos com médicos e equipe de saúde, e muitos casos são resolvidos ainda na atenção primária, não há tanta necessidade de tudo ir diretamente ao hospital; porque prejudica assim: às vezes a gente fica sem ter a informação necessária da Atenção Básica em Saúde.”

“O que acontece é que em muitos municípios a gente sabe, quem já trabalha na área, que muitos municípios têm medo de notificar, porque eles acham que vai ficar mal visto. Mas notificar não quer dizer que eu estou tendo a doença, quer dizer que eu estou em alerta.” Lembra ela.

Mutirão contra doenças endêmicas

“A Coordenação de Vigilância Epidemiológica está fazendo um mutirão em todos os bairros, em todas as escolas, para conscientizar; porque a dengue ela parte muito da conscientização: - eu posso limpar meu quintal, mas se meu vizinho não limpar, eu posso ter a doença. (...) Todo dia esse mês está tendo palestra nas escolas, está tendo mutirão da limpeza e a visita dos agentes de endemias. A culminância [isto é, a conclusão dos trabalhos dessa etapa] vai ser dia 11/04, na Praça da Matriz (Praça Domingos Mourão Filho), com caminhada, com apresentações, com esclarecimento geral da população. Vai ser encenado pelos agentes de saúde como fazer o bloqueio, como limpar os quintais e os domicílios.”

Casos de sub-notificação

“Os 50 casos sub-notificados indicam que o município tem que estar alerta, tem que fazer a busca ativa e procurar qual é o PSF, qual é a casa, qual o Agente de Saúde, o mesmo vai atrás da pessoa, fazer uma sorologia – porque a dengue ela tem que ser notificada assim que surgirem os sintomas, aí passa-se a outra parte, que é a de investigação, onde vai diagnosticar com a sorologia e notificar ou não o caso.” Acrescenta Karen Gonçalves.

“Esse trabalho está sendo iniciado essa semana. Por isso, é importante que as pessoas deixem os agentes de endemias e agentes de saúde entrarem em suas casas, conversem, relatem tudo o que estiverem sentindo, relatem se acha que o seu vizinho não está cuidando bem; (...) então, a população tem que fiscalizar sua comunidade e informar aos serviços de saúde.” Conclui a enfermeira Karen Gonçalves.

Fonte: REDAÇÃO