Operação Escamoteamento: ação da segurança no Piauí, Ceará e Maranhão

SEGURANÇA

Exclusivo: entrevista com Inspetor Jonas da Matta da PRF, sobre a “Operação Escamoteamento”

A reportagem da Imperial FM ouviu com exclusividade o servidor da Polícia Rodoviária Federal do Piauí sobre desdobramentos na região norte do estado.

“(...) O GAECO [Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado] realizou uma investigação juntamente com o Tribunal de Contas do Estado e com a Controladoria Geral da União, investigaram alguns contratos que têm indícios de fraude, contratos fraudulentos, entre empresas de construção, empresas prestadoras de serviços, muitas dessas empresas que só existiam simplesmente no papel e baseado nessas investigações que o GAECO realizou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal para realizar a parte executória da operação, a fim de cumprir os mandados de prisão, bem como cumprir as conduções coercitivas que ocorreram nos municípios de Cocal, município também de Tianguá, bem como também em Fortaleza, estão sendo cumpridos alguns mandados de prisão e conduções coercitivas.", falou o inspetor Jonas da Matta.

Jornal da Imperial: Inspetor e porque da centralização dessa operação, das pessoas estarem sendo levadas a Piripiri?

“É porque em Piripiri tem a promotoria, tem a base da promotoria, do estado do Piauí, existe um fórum e questões de logística mesmo, foi estratégia usada para esta operação; certas coisas não posso nem revelar... mas a base operacional foi Piripiri, apenas a base operacional dessa operação: Operação Escamoteamento.”

Jornal da Imperial: Inspetor e quando o senhor fala de quantos policiais rodoviários estão envolvidos nessa operação, inclusive há a presença de helicóptero?

Foram convocados para essa operação. Tem policiais rodoviários da polícia do Piauí, do Ceará, tem policiais rodoviários também do Maranhão, da Bahia, bem como policiais que vieram de Brasília para compor essa operação.

Jornal da Imperial: Quantos policiais?

Cento e vinte e cinco (125) policiais ao todo, cento e vinte e cinco policiais.

Jornal da Imperial: O helicóptero da polícia rodoviária também está participando?

É, está participando por conta de um apoio logístico, de uma necessidade maior, proteção também das equipes porque também não sabemos do que pode ser encontrado, então, a gente tem esse apoio operacional e de segurança, tanto por terra quanto pelo ar também.

Jornal da Imperial: Pelo que o senhor falou, essas empresas, com sede nessas cidades, elas têm atuação nessa região?

(...) Nessa região, têm atuação nessa região. Muitas delas com [registro] do contrato, faz uma espécie de um cartel entre empresas, em que existem as empresas que já sabem que vão perder, para receber determinados valores. Os valores, até o momento que foi repassado ao coordenador da operação, que é o promotor Rômulo Cordão, os valores são de aproximadamente R$ 19 milhões de reais, entre em disponibilidade de bens, seqüestro de patrimônio e bloqueio de contas bancárias também; aproximadamente R$ 19 milhões.

Jornal da Imperial: Há prisão ou condução de algum funcionário de órgão público nessa operação?

Sim, sim, são várias pessoas que entre condução coercitiva e mandado de prisão, existe também participação de servidores públicos, de pessoas ligadas a determinadas empresas particulares que faziam parte da organização criminosa. (...), concluiu o inspetor.

Ação conjugada

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em apoio ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagraram a Operação Escamoteamento contra crimes de desvios de recursos públicos.

Participam da operação também a Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Tribunal de Contas da União (TCU) e Polícia Civil.