Adolescente é hospitalizado em Campo Maior com suspeita de ser vítima do jogo da “Baleia Azul”

Adolescente é hospitalizado em Campo Maior com suspeita de ser vítima do jogo

21/04/2017 - 14:44

POLÍCIA

 

Jovem tem 17 anos de idade que tentou cortar o pulso dentro de uma escola estadual em Campo Maior e foi contido pelos colegas

SAMU de Campo Maior atendeu o chamado da escola

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU- de Campo Maior (a 82 km ao norte de Teresina) atendeu na tarde desta quinta-feira (20/04) uma ocorrência que pode ter ligação com o desafio do jogo virtual ‘Baleia Azul’. Um adolescente de 17 anos, de iniciais L. C., passou mal na Escola estadual Leopoldo Pacheco e foi levado ao Hospital Regional de Campo Maior.

O Campo Maior Em Foco falou com um membro da equipe do SAMU que atendeu a ocorrência. “Quando a equipe chegou ao local, o jovem apresentava sinais como se estivesse dopado e não respondia comandos da equipe... Era como se tivesse consumido alguma substância química. O braço não estava cortado, mas tinha raladuras, como se fosse ele que tivesse tentado cortar. Colegas disseram que ele pediu estilete e teria sido com este estilete” relatou um membro da equipe.

DIRETORA COMENTA SOBRE O CASO

A reportagem do site Campo Maior Em Foco também conversou com a diretora adjunta da Escola, professora Cândida Mendes, que confirmou o fato. Segundo ela, os colegas disseram que L. não cortou o pulso, porque os mesmos tomaram o estilete. “Quando isso aconteceu, chamei o L. e conversei com ele. Ele confirmou que entrou no jogo e que tinha usado o estilete no braço. Não eram cortes, mas arranhões. Eu disse que não era certo o que ele estava fazendo e ele respondeu que sairia do jogo e voltou para a sala de aula” disse a diretora.

Já na sala de aula, o rapaz começou a passar mal e desmaiou, sendo levado para a secretaria da escola. “Chamei o SAMU e chamei sua mãe. Deitamos ele sobre duas mesas até a chegada do atendimento. O SAMU foi acionado não pelos arranhões no braço, mas pelo desmaio” completou a diretora.

Não ficou claro se o desmaio teve ligação com alguma etapa do jogo em que o participante, supostamente, tem que consumir alguma substância. “Da escola ele não consumiu nada. Os colegas também disseram que não viram, e ele me disse, antes de desmaiar, que não havia consumido nada. A não ser que tenha sido em casa” falou Cândida.

L. é novato na escola, tendo chegado já este ano, mas a diretora disse que ele é divertido e não apresentava qualquer problema. “Ele é alegre, divertido e hoje estava estranho, sem tirar brincadeira, com o comportamento diferente e eu cheguei a perguntar a ele o que estava acontecendo? Ele me disse que estava no jogo. Perguntei o motivo dele fazer isso e ele respondeu que entrou por um vacilo” concluiu a diretora.

DISSE PARA A MÃE

A professora Cândida conversou com a mãe do aluno e ela disse que ontem o filho teria perguntado se a mesma sabia sobre o jogo. “A mãe começou a passar mal e não tivemos tempo de investigar, mas vamos fazer um acompanhamento do caso” falou Cândida.

GERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO JÁ SABE DO CASO

A diretora da 5ª Gerência Regional de Educação em Campo Maior, professora Lucimeire Barros disse que se encontrava em visita a outra escola quando soube do ocorrido e que todos estão cientes da necessidade de um trabalho específico sobre o assunto, principalmente com as famílias, no sentido de discutir uma questão tão séria e delicada como essa que surgiu agora.

De acordo com Mary Paixão, que é babá na cidade de Campo Maior – Piauí, em comentário sobre a notícia, relata que conhece o L., disse que ele sempre teve esse problema de desmaiar e de ter pressão baixa também.  Ela afirma que já estudou com ele, L., e os momentos que passavam juntos aos anos passados, ela era que ficava com ele às vezes fora da sala. Mary Paixão contou também que ele desmaiava em festa, ficava com falta de ar também, mas que não saberia se ele participava desse jogo da “Baleia Azul”. Mas, que pode ter a ver com isso.

 

Fonte: Campo Maior em Foco