Temer tem reunião com ministros e cobrará empenho das bancadas

Temer tem reunião com ministros e cobrará empenho das bancadas

24/04/2017 - 18:30

POLÍTICA

Governo quer base unida para aprovação das reformas trabalhista e previdenciária

No domingo, em uma reunião no Palácio do Jaburu, Temer avisou a ministros e líderes do governo que não há mais espaço para ceder a pedidos de categorias que insistem em ter seus benefícios mantidos na reforma da Previdência

O presidente Michel Temer convocou alguns ministros para uma reunião, às 16h30 desta segunda-feira (24/4), no Palácio do Planalto. Conforme mostrou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) no domingo (23/4), Temer quer "empenho máximo" dos ministros e líderes no convencimento às suas respectivas bancadas para aprovar os textos das reformas da previdência e trabalhista.

Participantes da reunião Palácio do Planalto

Segundo fontes do Planalto, a previsão é que participem os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha; Justiça, Osmar Serraglio; Defesa, Raul Jungmann; Ministério das Relações Exteriores, Aloysio Nunes; Agricultura, Blairo Maggi; Educação, Mendonça Filho; Cultura, Roberto Freire; Trabalho, Ronaldo Nogueira; Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra; Saúde, Ricardo Barros; Indústria e Comércio, Marcos Pereira; Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab; Meio Ambiente, Sarney Filho; Esportes, Leonardo Picciani; Turismo, Marx Beltrão; Integração, Helder Barbalho e das Cidades, Bruno Araújo. 

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No domingo, em uma reunião no Palácio do Jaburu, Temer avisou a ministros e líderes do governo que não há mais espaço para ceder a pedidos de categorias que insistem em ter seus benefícios mantidos na reforma da Previdência. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que estava em Washington para reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI), participou do encontro e reiterou que "há uma enorme expectativa" com a aprovação do texto. 

“Não há espaço para concessão”

Ao final do encontro, Temer avisou aos aliados que não haverá novas mudanças nos textos das reformas trabalhista e previdenciária. "Não há espaço para concessão", avisou o líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). "O relatório do relator é que vai vingar", emendou o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco.

A reforma trabalhista deve ser votada na terça-feira (25/4), na comissão especial e ir para o plenário no dia seguinte. Não está descartada a possibilidade de o governo pedir que os partidos da base aliada fechem questão para garantir os 308 votos na reforma da Previdência.

TEMER SE REÚNE COM MINISTROS HOJE

O governo trabalha com a possibilidade de aprovar a reforma no Congresso ainda no segundo semestre. Mas, já admite que o cronograma pode atrasar, porque será preciso fazer todo um trabalho de convencimento junto às bancadas, com o envolvimento de ministros e de todas as lideranças partidárias, inclusive executivas nacionais. Apesar de todos os recuos em relação à proposta enviada ao Congresso, há ainda muita resistência por parte dos parlamentares, que estão “morrendo de medo de perder a eleição em 2018 e ficar sem foro” (com o desfecho da Operação Lava-Jato), resumiu um integrante da base de apoio.

Temer faz uma reunião com os ministros hoje, para determinar prioridade à reforma da Previdência. Os ministros serão orientados a continuar recebendo parlamentares, mas fora dos horários de discussão e votação da proposta. Os líderes da base também intensificarão, nas próximas semanas, um corpo a corpo com as bancadas para explicar que o texto final da reforma atende a todos os principais pleitos e, por isso, não é mais a proposta dura enviada inicialmente.

Segundo interlocutores do Planalto, a ideia é trabalhar para construir o fechamento de questão pelos partidos, no momento que a reforma for à votação no plenário da Câmara e do Senado. Em primeiro turno no plenário da Câmara, isso deve ocorrer entre 10 e 20 de maio.

Fonte: Correio Braziliense