Comparada à Lava Jato, Operação Pastor deve prender mais políticos no Piauí e em Brasília

Comparada à Lava Jato, Operação Pastor deve prender mais políticos no Piauí e Br

22/06/2017 - 16:28

A Polícia Federal deve continuar a Operação Pastor durante a semana no Piauí e no Distrito Federal

 

A Polícia Federal vai abrir inquérito para investigar outros contratos ilícitos das construtoras Jenipapo, Rubem e outra empresa que não teve o nome revelado por conta do andamento das investigações. O Controladoria Geral da União estima que cerca de R$ 5 milhões de dinheiro público foram desviados pelo grupo.

O dinheiro seria de convênios com Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que seriam para construções de creches, obras de vias públicas e para o abastecimento de água no município de Dom Inocêncio.

O grupo expandia ações ilícitas para outros estados

O delegado responsável pelas investigações Albert Moura, disse que o grupo estava em processo de expansão para o estado do Pernambuco (PE), Bahia (BA), Distrito Federal (DF) e estados da região Sudeste.

No Distrito Federal, há uma pessoa envolvida, que está sendo investigada e deve ser conduzida para prestar esclarecimentos nos próximos dias. O papel dessa pessoa era articular diretamente com a FUNASA, e ela tinha relação direta como os gestores do município e com secretários de Dom Inocêncio e São Raimundo Nonato. O delegado não quis revelar a identidade desta pessoa, mas afirmou que se trata de um agente público.

Ao todo, a PF cumpriu oito mandados judiciais, sendo duas prisões preventivas e seis temporárias. Dentre essas prisões temporárias, está um secretário de administração e outro de finanças. Eles eram responsáveis por atestar falsamente a execução das obras.

O ex-prefeito de Dom Inocêncio e o empresário estão presos Parte dos presos em Teresina. Os outros seis estão em São Raimundo Nonato, e aguardam a transferência para a capital.

O procurador da República Patrício da Fonseca vai pedir a abertura de novos inquéritos para prosseguir com a operação. O procurador comparou a Operação Pastor com a Lava Jato e acredita o valor desviado seja superior a estimativa do TCE.

A Polícia Federal dará continuidade a Operação Pastor durante a semana.

Fonte: AZ