Piauí pode fechar hospitais, denunciam médicos

Piauí pode fechar hospitais, denunciam médicos

07/10/2017 - 09:54

Médicos de todo o Estado do Piauí paralisaram as atividades nesta sexta-feira (6), como forma de advertência para cobrar por melhores condições salariais e de trabalho. Em Teresina, a movimentação foi feita em frente ao Laboratório Azul do Hospital Getúlio Vargas, onde apontaram suas reivindicações.

A luta por piso salarial da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), concursos, melhores condições de trabalho e respeito à classe médica, progressão automática e a humanização da regulação do SUS, que atualmente é considerada ineficiente entram na pauta de reivindicações dos médicos. Os médicos denunciam a precariedade da saúde pública.

O Hospital Infantil “Lucídio Portela” tem sido uma das grandes preocupações, onde a UTI tem passado por sérios problemas de funcionamento e, segundo o Sindicato dos Médicos do Piauí (SIMEPI), até final do ano corre o risco de ser fechado, segundo o presidente do SIMEPI, Samuel Rêgo.

No interior do Estado, as cidades de Esperantina, Picos, Bom Jesus e Corrente os problemas se agravam, onde recorrentes mortes acontecem diariamente nas unidades hospitalares, salvo quando conseguem a transferência de pacientes para Teresina.

Para Samuel Rêgo, a Secretaria de Saúde do Piauí tem ciência de toda essa problemática entretanto não mandou respostas dos relatórios já enviados.

Segundo o médico Samuel Rêgo, o Estado do Piauí tende a um colapso na saúde, e que para o ano de 2018, caso não sejam atendidas as reivindicações, muitos hospitais serão fechados. “A situação é muito grave, pois já não se trata de qualidade e sim de funcionamento dos hospitais”.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde do Piauí (SESAPI) não quis se manifestar sobre a paralisação. A classe médica aguarda audiência com o governador Wellington Dias na próxima semana, onde esperam uma conversa favorável.

Alguns profissionais que aderiram à paralisação de advertência passaram onde ocorreu a manifestação, porém não ficaram por lá, o que demonstrou uma certa timidez, se o intuito foi visibilidade. O número de médicos que cruzaram os braços foi calculado em torno 800 em todo o Estado, o que na capital teve 100 % de adesão.

No Hospital da Polícia Militar, em Teresina, os atendimentos até iniciaram, mas logo foram cessados, informou o Tenente Coronel Jorge, um dos diretores da Unidade, e que até o final do dia fariam uma avaliação da quantidade de atendimentos que não foram realizados.

 

Fonte: meionorte.com