Não há medidas que possam trazer prejuízo eleitoral grave, diz Meirelles

Não há medidas que possam trazer prejuízo eleitoral grave, diz Meirelles

01/11/2017 - 11:05

O ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse nesta quarta-feira (1º) que não haverá "prejuízo eleitoral grave" para quem aprovar as medidas provisórias de ajuste fiscal em análise no Congresso.

“Eu acredito que essas medidas orçamentárias deverão ser aprovadas porque não há, necessariamente, medidas que possam trazer prejuízo eleitoral grave para aqueles que estão votando. Nesse momento, [a pauta] é realmente crucial para que o Orçamento seja cumprido”, afirmou em entrevista à CBN. Ouça aqui.

Para Meirelles, essa aprovação, é crucial para que o orçamento seja cumprido. "Em função disso, o ajuste fiscal continua em pleno vigor, e o Brasil continua crescendo."

O governo fez uso de medidas provisórias, que têm efeito imediato, para implementar alguns ajustes. Entretanto, precisam ser aprovadas pelo Congresso nos próximos meses, senão perdem a validade.

Na véspera, o governo federal publicou no Diário Oficial da União duas medidas provisórias que vão permitir ajustes na proposta de orçamento de 2018.

Uma das MPs traz duas ações que atingem os servidores públicos federais. A primeira amplia a contribuição desses trabalhadores para o sistema previdenciário e, a segunda, adia um reajuste salarial prometido pelo governo e que começaria a valer a partir do ano que vem.

A segunda MP altera a tributação sobre fundos de investimentos fechados, ou seja, que não são abertos ao público. (veja abaixo mais detalhes sobre cada uma das ações)

O objetivo do governo com essas medidas é reduzir gastos ou elevar a arrecadação prevista para 2018. No total, o governo espera contar com R$ 14,5 bilhões a mais no ano que vem.

Junto com as duas MPs, o governo publicou uma mensagem modificativa do orçamento de 2018. Além de encaixar a previsão de arrecadação de R$ 14,5 bilhões a mais no ano que vem, o governo informou ao Congresso que elevou a estimativa de gastos em R$ 44,5 bilhões.

A mensagem modificativa também foi usada pelo governo para tornar oficial a mudança na meta fiscal 2018, ou seja, o resultado para as contas públicas que deverá perseguir.

Essa mudança permitiu ao governo elevar o teto para o rombo das suas contas em 2018, de R$ 129 bilhões para R$ 159 bilhões. Ou seja, houve uma abertura para que o governo gaste R$ 30 bilhões a mais ano que vem.

Somando-se os R$ 30 bilhões da mudança na meta fiscal com os R$ 14,5 bilhões de alta na arrecadação, tem-se a margem para que o governo amplie os gastos em R$ 44,5 bilhões no ano que vem.

Fonte: g1