PF deflagra operação
PF deflagra operação "Viúvo Negro" e prende casal por suspeita de fraude no INSS
21/11/2017 - 12:54
O delegado da Polícia Federal, Lucimar Sobral, chefe da Delegacia de Combate aos Crimes Previdenciários (Deleprev) disse em entrevista coletiva que o casal suspeito de fraudar benefícios do INSS agia há 10 anos e sacava por mês cerca de R$ 12 mil. Os valores mensais eram equivalentes ao benefício de quatro pessoas fictícias, ou seja, que só existiam no papel.
"O Elber e sua esposa comprovadamente criavam pessoas fictícias. Eles criaram quatro pessoas, registraram o nascimento delas no cartório, em seguida, casaram essas pessoas e depois de dois meses matavam elas para receber o teto do INSS que hoje está em torno de R$ 3 mil ", disse o chefe da Deleprev.
As pessoas fictícias criadas pelo casal foram 'batizadas' de Alessando, Edvaldo e dois homônimos de Elber. Já as mulheres se chamavam Dácila, Dayla, Aldaci e Francisca Jeane.
O prejuízo comprovado causado a Previdência chega a R$ 2 milhões. A Polícia Federal solicitou o bloqueio de bens do casal, incluindo, cerca de seis casas, terrenos e dois veículos.
Elber e Elizana devem responder por associação criminosa, estelionato qualificado, uso de documentos falsos e falsidade ideológica.
Atualizada às 9h22
A Polícia Federal no Piauí deflagrou a operação "Viúvo Negro" contra fraude previdênciária na manhã desta terca-feira ( 21). Equipes cumprem mandados judiciais em Teresina. Um dos alvos é um escritório de contabilidade na rua Professor Alceu Brandão, bairro Monte Castelo, na zona Sul. Foram cumpridos seis mandados, sendo dois de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão.
Desde às 6h da manhã, a movimentação de policiais era intensa em residências próximas ao escritório de contabilidade e que pertenceriam à mesma família. O proprietário do escritório de contabilidade e a mulher dele foram presos preventivamente. A operação é coordenada pelo delegado Lucimar Sobral.
O casal preso foi identificado como Elber Oliveira e Elizana Oliveira. Os dois teriam lucrado cerca de R$ 2 milhões com a fraude previdenciária. Por volta das 9h20, marido e mulher foram levados para a sede da PF no Piauí. Os dois saíram com os rostos cobertos e não falaram com a imprensa.
"Só tive acesso ao mandado de busca e apreensão. Vou saber qual a imputação criminosa aos meus clientes lá na PF onde serão ouvidos", disse Luis Alberto, advogado do casal.
Além de documentos, dois veículos foram apreendidos.