Funcionários do INSS são presos por fraudarem benefício de pessoas mortas

Funcionários do INSS são presos por fraudarem benefício de pessoas mortas

15/05/2019 - 09:12

Entre os sete presos na Operação Grande Famílias estão dois funcionários do INSS de Teresina. Segundo a Polícia Federal, eram eles quem falsificavam os documentos dos beneficiários mortos para criarem contas e os envolvidos no esquema criminoso receberem o benefício de maneira irregular. "Eles tinham acesso à base de dados e sabendo que o beneficiário morria, iam atrás da família para pegar as informações e mediante isso, criavam contas se passando pelo beneficiário. O que chama atenção é que nem o INSS sabia que esses previdenciários tinham morrido, só havia a suspeita, por conta das demora para a manifestação dessas pessoas junto ao órgão", explicou o delegado Luciano Neto, da Delegacia da Previdência Social.

As investigações apontaram ainda que os dois funcionários do INSS possuíam uma casa em um condomínio de luxo na zona Leste de Teresina

Iniciada às 08h32min

Pelo menos sete pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (15) pela Polícia Federal. A ação policial está ligada a Operação Grande Família, deflagrada hoje e que busca desarticular um grupo criminoso especializado no recebimento de benefícios previdenciários de segurados falecidos. Ao todo, estão sendo cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão preventiva no Piauí e Maranhão.

De acordo com a PF, foram identificados 639 benefícios previdenciários fraudados. Em valores, o prejuízo das contas foi estimado em R$ 80 milhões. O grupo criminoso é formado de estelionatários e servidores públicos que falsificava documentos para abertura de contas. Foram determinados ainda a apreensão de veículos, o bloqueio das contas bancárias dos presos e a suspensão do exercício da função pública para os servidores do INSS. 

Segundo a Polícia Federal, os investigados deverão responder pelos crimes de associação criminosa (artigo 288 do CPB), estelionato qualificado (artigo 171, § 3º, do CPB), falsidade ideológica (artigo 299 do CPB), uso de documento falso (artigo 304 do CPB), corrupção passiva (artigo 317, §1º, do CPB) e corrupção ativa (artigo 333, p. u., do CPB).

Até o momento, os presos não tiveram a identidade revelada. A operação seguirá ao longo do dia. A ação recebeu este nome devido ao fato de sete presos pertencerem a uma única família. 

Fonte: portalodia