Bares e restaurantes levarão pelo menos 1 ano para recuperar lucro, diz Abrasel PI

Bares e restaurantes levarão pelo menos 1 ano para recuperar lucro, diz Abrasel

07/11/2020 - 08:42

No melhor cenário econômico, os bares e restaurantes no Piauí deverão começar a ter “fôlego” nas dívidas daqui a seis meses com previsão de lucros para o ano de 2022, após 12 meses de readaptação de mercado, conta a diretora executiva da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) no Piauí, Natália Macário. 



“Se o empresário, hoje, conseguir faturar 70% do que ele faturava antes da pandemia, ele já está bem no mercado. Hoje a margem de faturamento está 52%. Nós teremos pelo menos uns seis meses para começar realmente a pensar em lucro. Muitas empresas para se manter no mercado precisaram pedir empréstimos, pediram empréstimos para não fechar e outras também pediram empréstimos para reabrir. É um ano para começar a se recuperar e ter um lucro mais consistente”, conta.

No Piauí, os bares e restaurantes ficaram fechados por pelo menos seis meses, de março a setembro, devido a pandemia do novo coronavírus para evitar a aglomeração de pessoas. Antes da pandemia, alguns estabelecimentos chegavam a faturar mais de 100% do planejado. Pelo menos 30% dos bares e restaurantes encerram os serviços desde o início da pandemia. 

Na época em que as portas estavam fechadas, muitas empresas recorreram ao delivery para, de alguma forma, “sobreviver” financeiramente. Atualmente, mesmo com a reabertura, a Abrasel Piauí estima que 70% das empresas estão no prejuízo, tentando se adaptar ao mercado.   

Macário destaca que muitas empresas precisaram pedir empréstimos para se adaptar às novas regras de distanciamento social, como adaptar o cardápio em meio digital (e até mesmo nos produtos e formas de servir) e disponibilizar álcool em gel. 

Nos primeiros meses de pandemia, a diretora conta que muitos estabelecimentos chegaram a demitir 50% dos funcionários. Além de precisar dispensar mão-de-obra, insumos estragaram e as contas de alugueis, energia e água foram de difíceis negociações. 

Com quase três meses de reabertura das atividades, o momento agora ainda é de “começar do zero” para muitos empresários, comenta. As empresas voltaram, mesmo que de maneira tímida, a recontratar pessoas, o público começou a aparecer com maior frequência. No entanto, por outro lado, os insumos estão mais caros e, também por conta isso, os cardápios foram adaptados. Sem falar que devido o distanciamento das mesas há limitação na capacidade de atendimento, além da restrinção de horários. 

Fonte: cidade verde