Polícia Civil do Piauí prende 28 pessoas na Operação Contraordem II

A Polícia Civil do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e em parceria com o Ministério Público do Estado do Piauí, prendeu 28 pessoas nesta terça-feira (15) durante a "Operação Contraordem II". Todos os presos possuem envolvimento com organizações criminosas.

De acordo com o delegado geral Luccy Keiko, foram expedidos 34 mandados de prisões, dos quais foram cumpridos 26, além da prisão em flagrante de duas pessoas. “Nós tínhamos mais de 30 mandatos para cumprir, conseguimos êxito em cumprir 26, dos quais 8 já estavam no sistema prisional e durante as buscas prendemos duas pessoas em flagrante, então totalizamos 28 prisões na operação de hoje”, relatou.

“Os mandados são relativos a crimes de organizações criminosas, contra indivíduos que se autodenominam integrantes de grupos criminosos. Eles praticam os crimes mais variados e exercem funções dentro dessas organizações. Conseguimos comprovar o papel que cada um exerce dentro dessa estrutura no inquérito”, completou Luccy Keiko.

Ainda segundo o delegado geral, grande parte dos presos trabalhavam diretamente na linha de frente dos crimes. “A maioria são indivíduos que atuavam na linha de frente na prática dos crimes do dia-a-dia, roubos, homicídios, tráfico de drogas que alimentam a organização criminosa. Lógico que dentre essas mais de 20 prisões alguns dos presos exerciam função de liderança maior, isso está bem explicitado dentro dos autos do inquérito policial”, afirmou Keiko.

Greco

O delegado Yan Brayner, do Greco, contou que foram cumpridos mandados no Piauí e Maranhão. “Tivemos três mandados cumpridos em Timon, no estado do Maranhão, dois cumpridos na cidade de Parnaíba, tivemos um preso na cidade de Campo Maior, e um investigado da cidade de Amarante nós não tivemos êxito de cumprir o mandado dele. Todos os demais presos foram na cidade de Teresina, ou no sistema penitenciário do estado do Piauí”, elencou.

Secretaria de Segurança

O secretário estadual da Segurança, Rubens Pereira, destacou a importância da parceria entre as instituições, inclusive de outros estados, para o combate a esses grupos criminosos. “As organizações criminosas funcionam em rede, por isso há a necessidade dessa integração das instituições com os serviços de inteligência, da secretaria de Justiça também, da Polícia Civil do Maranhão. Então, essas instituições se integram agora para unir forças e atuar contra essas facções”, ressaltou.

“Todos os mandados de prisão foram contra essas pessoas que estavam aterrorizando a população, e o que queremos reduzir é isso. As pessoas que estavam aterrorizando, perturbando a população com a prática desses crimes agora estão encarceradas. É claro que não podemos alcançar a todos porque temos a legislação a cumprir para essa investigação, é preciso um tempo para investigar. Não se investiga facção como se investigam outros crimes, nós temos que levantar indícios, dados, e o Ministério Público tem sido importante nesse sentido”, declarou Rubens Pereira.

Secretaria de Justiça

Carlos Edilson, secretário de Justiça, disse que a operação é uma resposta forte do estado a toda essa onda de criminalidade. “A Sejus em parceria com a Secretaria de Segurança e Ministério Público participaram dessa Operação Contraordem II. Nós demos cumprimento a mandados de prisão de alguns líderes que já estavam reclusos em nosso sistema e nós já tínhamos conhecimento, pois eram monitorados por nosso serviço de inteligência, e hoje receberam mais um mandado de prisão e irão ficar em isolamento. Eles vão permanecer [onde estão presos] até decisão judicial. Eles já estavam de maneira isolada. Mas é uma resposta forte do estado”, finalizou.

Foto: Alef Leão/GP1