Homicídios caem 20,6% nos últimos 5 anos e 8,1% em 1 ano no Piauí, diz Ipea

A taxa de homicídios no Piauí em 2019 ficou em 17,4 para cada grupo de 100 mil

31/08/2021 - 15:39

O Piauí vem experimentando uma queda nos últimos anos, no número de assassinatos. Em 2019, o Estado registrou 569 homicídios, uma queda de 8,1% em relação ao ano anterior, 2018, quando foram registrados 619 assassinatos. Nos últimos cinco anos, a redução dos homicídios no Piauí foi de 20,6% de 2014 a 2019. Os dados são do Atlas da Violência 2021, divulgado nesta terça-feira (31) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). 

A taxa de homicídios no Piauí em 2019 ficou em 17,4 para cada grupo de 100 mil habitantes, uma redução de 8,3% em relação a 2018 e a redução da taxa de homicídios nos últimos 5 anos, de 2014 a 2019 foi de 22,6%. A análise da taxa de homicídios por Unidade Federativa (UF), segundo óbitos por local de residência da vítima em 2019 aponta que os números variaram de 10 a 42,7 homicídios por 100 mil habitantes. Ainda que o estado de São Paulo tenha apresentado um indicador oficial de 7,3, vale ressaltar a fragilidade desse dado como representativo da realidade do estado, diante da piora na qualidade da informação sobre a taxa de Mortes Violentas com Causa Indeterminada (MVCI que, como discutido na introdução deste Atlas, alcançou um patamar de 9 mortes por 100 mil habitantes, índice superior à taxa de homicídios.

Todas as UFs apresentaram queda da taxa de homicídios, com exceção do Amazonas que, entre 2018 e 2019, apresentou aumento de 1,6%. Segundo o Ipea, é  interessante ainda observar as taxas de homicídios nas UFs que serviram de palco principal para a guerra pelo controle do tráfico internacional de drogas nas rotas que passam pelas regiões do Alto do Juruá, pelo Solimões e chegam às capitais do Nordeste, cujo auge ocorreu em 2017.

Para efeito de comparação, tomando como referência os anos de 2015 (pré-armistício), 2017 (auge do conflito) e 2019 (pós-armistício), no Acre as taxas evoluíram de 27,0 para 62,2 e 36,9, respectivamente. No Pará, os índices variaram de 45,0 para 54,7 e 39,6. Um mesmo padrão, considerando os mesmos três anos, pode ser notado nos estados nordestinos onde se observaram maiores confrontos. No Ceará as taxas foram de 46,7 para 60,2, retornando para 26,5.

No Rio Grande do Norte, onde no início de 2017 ocorreu a chacina na Penitenciária de Alcaçuz, os índices evoluíram de 44,9 para 62,8 e 38,4. Houve  piora substancial da qualidade dos dados em algumas Unidades Federativas entre 2018 e 2019, principalmente no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Ceará e na Bahia, inviabiliza uma análise mais precisa da evolução dos homicídios nas Unidades Federativas.

Fonte: MEIONORTE