N° de assassinatos fica estável em maio em meio a pandemia

N° de assassinatos fica estável em maio em meio a pandemia

22/07/2020 - 08:52

O Brasil teve alta de 7% no número de assassinatos de janeiro a maio de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado. Já o mês de maio deste ano registrou estabilidade (-0,3%) em relação ao mesmo mês de 2019. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.

De acordo com a ferramenta, houve 19.382 mortes violentas de janeiro a maio deste ano. No mesmo período no ano passado, foram 18.120. A alta de 7% ocorre mesmo em meio a pandemia da Covid-19, quando estados e municípios passaram a adotar medidas de isolamento social.

Já considerando o mês de maio foram 3.529 vítimas de assassinatos, contra 3.540 em 2019, uma redução de 11 mortes.

A alta no início deste ano vai na contramão de 2019, que teve uma queda de 19% no número de assassinatos em todo o ano. O Brasil teve cerca de 41 mil vítimas de crimes violentos no ano passado, o menor número desde 2007, ano em que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública passou a coletar os dados.

G1 já havia antecipado que um terço dos estados tinha apresentado alta nos assassinatos no último trimestre de 2019, o que acendeu o alerta para uma possível reversão da tendência de queda da violência no país, segundo especialistas. A reversão foi confirmada no início de 2020.

Os dados apontam que:

 

  • o país teve 3.529 assassinatos em maio de 2020
  • houve 11 mortes a menos na comparação com o mesmo mês de 2019, uma queda de 0,3%
  • já de janeiro a maio, foram 19.382 crimes violentos, uma alta de 7%
  • 18 estados do país apresentaram alta de assassinatos nos primeiros cinco meses do ano
  • 7 estados e o DF registraram queda no período; 1 manteve o mesmo número de mortes

O levantamento faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

 Foto: Juliane Monteiro / G1

Fonte: g1