Supermercado, eletrodoméstico e móveis voltam a nível pré-crise
Supermercado, eletrodoméstico e móveis voltam a nível pré-crise
13/08/2020 - 10:42
Com a flexiblização do distanciamento em grande parte do país, o comércio teve o segundo mês consecutivo de alta em junho e já recuperou o patamar verificado em fevereiro, antes da pandemia. Ainda assim, fecha o primeiro semestre com o pior resultado desde 2016.
Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com
De acordo com o IBGE, as vendas do varejo no país subiram 8%, após avanço recorde de 13,9% em maio. Com os dois meses de alta, o setor fechou o mês 0,1% acima do registrado em fevereiro.
A retomada do nível anterior, porém, foi puxada pelas vendas dos supermercados, que representam 52,8% do indicador. "Esse movimento tem de ser relativizado, pois o crescimento das vendas foi muito desigual", diz o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Além dos supermercados, outras duas atividades voltaram ao nível pré-crise: material de construção e móveis e eletrodomésticos. Mas todos os outros segmentos continuam bem abaixo. Um dos mais atingidos, tecidos, vestuários e calçados, ainda tem vendas 45,8% menores que fevereiro.
O gerente do IBGE destacou também que o nível de fevereiro já era baixo. No primeiro bimestre de 2020, as vendas do varejo brasileiro recuaram 1% em relação ao registrado no fim de 2020. Em 2020, o varejo acumula recuo de 3,1%.
O chamado varejo ampliado, que inclui as vendas de automóveis, cresceu 12,6% em relação a maio, mas registra queda de 0,9% em relação a junho de 2019.
No semestre, as vendas no varejo registram queda de 5,2% em relação ao semestre anterior, abaixo apenas dos 6,9% do primeiro semestre de 2016, quando o Brasil vivia fortes impactos da recessão. As vendas no setor estão 4,8% abaixo do melhor nível da série, que ocorreu em outubro de 2018.