11 de setembro de 2001: 20 anos do dia que marcou a história - O atentado

Os 20 anos do dia que marcou a história

11/09/2021 - 10:28

Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, quatro aviões da Boeing (dois 757 e dois 767, dois da American Airlines e dois da United Airlines) decolaram dos aeroportos de Boston, Newark e Washington. Todos iam para a Califórnia, mas jamais chegaram ao destino. Ao invés disso, o que aconteceu com eles mudou para sempre a história do século 21.

O voo 11 da American Airlines, com 11 tripulantes e 76 passageiros, foi dominado por 5 sequestradores e colidiu com a Torre Norte do World Trade Center, em Nova York, às 8h46. Apenas 17 minutos depois, o avião que fazia o voo 175 da United, com 9 tripulantes, 51 passageiros e 5 terroristas, colidiu com a Torre Sul.

O mundo ainda tentava entender o que estava acontecendo quando a aeronave que fazia o voo 77 da American Airlines colidiu contra o Pentágono, prédio do Departamento de Defesa dos EUA, em Washington, com 6 tripulantes, 53 passageiros e 5 sequestradores, às 9h37. O último avião, do voo 93 da United Airlines, tinha como alvo o Congresso norte-americano, mas caiu perto de Shanksville, na Pensilvânia, às 10h03, após alguns dos 7 tripulantes e 33 passageiros tentarem retomar o controle das mãos de 4 terroristas.

Em um intervalo de 77 minutos, 19 terroristas da Al-Qaeda conseguiram cumprir o maior e mais ousado atentado terrorista em solo norte-americano da história. No total, 2.996 pessoas morreram em decorrência direta das ações terroristas. As consequências desse dia, no entanto, perduram por duas décadas.

Menos de um mês após os atentados, em 7 de outubro, forças norte-americanas e britânicas atacaram posições do Talibã no Afeganistão. O grupo extremista que governava o país dava abrigo e recursos para a Al Qaeda de Osama Bin-Laden, que mais tarde assumiu o planejamento dos ataques, e se recusava a entregá-los.

Tinha início então a invasão ao território afegão, que rapidamente derrotou os talibãs e desembocou em uma intervenção de longo prazo, encerrada apenas no dia 31 de agosto deste ano, com a retirada das tropas e funcionários dos EUA e países aliados por meio do aeroporto de Cabul, e a retomada do país pelo grupo extremista.

Em 2003, por insistência do então presidente dos EUA, George W. Bush, que alegava um envolvimento do regime de Saddam Hussein, no Iraque, com a Al-Qaeda, além de supostas armas de destruição em massa, tropas norte-americanas e aliadas invadiram o país.

Provas dessa desestabilização logo puderam ser sentidas em duas grandes cidades europeias. Em 11 de março de 2004, explosões em trens e estações de Madri mataram 193 pessoas e feriram mais de 2 mil. Em 7 de julho de 2005, atentados no metrô e um ônibus de Londres fizeram mais 56 vítimas fatais e 700 feridos. As ações foram atribuídas a células da Al-Qaeda, como uma resposta à participação da Espanha e do Reino Unido na invasão ao Iraque.

"Acho que não haveria razão para esses atentados sem o 11 de Setembro. Tanto os atentados de Londres como de Madri vêm como consequência da ocupação do Iraque, Reino Unido e Espanha estavam na coalizão. Esse é o ponto fundamental. Os atentados do Estado Islâmico contra França e Bélgica aconteceram por causa de bombardeios na Síria. Todos os ataques partiram dessa noção de que havia uma presença estrangeira", argumenta Casarões.

Fonte: MEIONORTE