Polícia de Pedro II flagra rinha de galos e conduz 30 pessoas para delegacia

Advogado diz que a criação da especie é permitida por lei

20/09/2021 - 14:15

No inicio da noite de domingo, (19/9), a Polícia Civil de Pedro II recebeu denúncia anônima que na região do Bom Lugar, zona rural de Pedro II, um grupo de pessoas estavam reunidos numa rinha de galos de briga.

Policiais militares se deslocaram até o local; na chácara foram encontrados, segundo a polícia, 51 aves prontas para combate e aproximadamente 30 pessoas foram conduzidas para delegacia de Polícia Civil para responderem por crime ambiental.

O Advogado pedrossegundense Dr. Abmael Holanda, disse a reportagem da Imperial Fm que ele mesmo é criador de galos indianos e que não há crime em criar a espécie, crime há em promover combate entre eles, disse: “Eu sou criador desde criança e nunca escondi isso, quem me conhece sabe que gosto, sou aficionado dessas aves e não há em Pedro II ninguém que ame mais essas aves e tenha mais cuidado com elas do que eu”, disse o advogado.

Abimael mostra manual de criação afirmando cuiddos especiais com as aves

Dr.Abimael disse que no momento da abordagem policial ele argumentou que as aves permanecessem sob a guarda do proprietário da chácara até que a questão fosse resolvida posto que em Pedro II não há ambiente para recebê-los por causa do instinto belicoso da aves que não podem permanecer juntas, mas em gaiolas separadas.

Segundo o advogado as aves não podem ser recolhidas e abatidas como era há pouco tempo atrás, mas preservadas em ambiente seguro que atendam suas necessidades. “Há muito preconceito e falta de conhecimento acerca do assunto no país, os criadores preservam a raça que já faz parte da cultura brasileira e não vai acabar por força de uma lei, tudo que envolve amor, não tem fim”, disse Abimael, citando a vaquejada como exemplo.

Abmael Holanda disse também que seria injusto que 30 pessoas respondam por crime ambiental, posto que essas pessoas estavam apenas assistindo e nem se quer criadores são; “Já imaginou se a justiça condenasse pessoas que estivessem assistindo uma vaquejada, por exemplo? Na minha concepção apenas os donos das aves que estavam promovendo o combate entre as aves devem responder” disse o advogado.

Fonte: Redação