Lula decreta intervenção federal na área de segurança no DF

Saia como funciona a intervenção

08/01/2023 - 22:00

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decretou neste domingo (8) intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal para manter a ordem pública.

O decreto foi anunciado após a invasão de bolsonaristas radicais aos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

"O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão a prédios públicos", diz o decreto lido por Lula.

Como funciona a intervenção:

 

  • a intervenção significa que a União vai assumir as competências do DF na área de segurança pública;
  • ação ocorreu pelo “grave comprometimento da ordem pública”;
  • ação é restrita às forças de segurança e não retira o governador Ibaneis Rocha do cargo;
  • decreto vai vigorar até 31 de janeiro;
  • os órgãos de segurança pública do Distrito Federal ficarão sob responsabilidade do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli, nomeado interventor;
  • o interventor é subordinado ao presidente da República;
  • não é uma intervenção militar, pois é decretada pelo presidente.

Quando pode ocorrer intervenção:

 

  • a Constituição Federal de 1988 estabelece em quais situações o governo federal pode intervir nas competências de um ente da federação, entre elas, o comprometimento da ordem pública;
  • como República Federativa, estados e DF têm autonomia, mas podem sofrer intervenção em situações excepcionais previstas.

 

Intervenção na prática:

 

  • o interventor não está sujeito às normas distritais que estiverem em conflito com a intervenção;
  • também pode pedir recursos do Distrito Federal que considerar necessários;
  • ele ficará encarregado do controle operacional de todos os órgãos distritais de segurança pública do DF;
  • o interventor pode requisitar serviços e servidores da Secretaria de Segurança, de Administração Penitenciária e do Corpo de Bombeiros.
Fonte: g1