Delegado da PF diz que a suposta fraude na educação era na compra de livros
A Operação Monopolium envolveu 45 policiais federais
02/02/2024 - 08:39
ODelegado da Polícia Federal, Vinicius Andrade, deu mais detalhes sobre um esquema com fortes indícios de desvio de recurso federais na educação de Campo Maior, Barras e São Miguel do Tapuio. Nesta quinta-feira (01), foi desencadeada a operação Operação Monopolium nos três municípios.
Segundo o delegado, a empresa envolvida no esquema se utilizava do modus operandi de adquirir material didático com os direitos autorais e usava isso como justificativa para ser contratada pelas prefeituras e as prefeituras não justificaram porque o material seria o único capaz de atender os interesses do poder publico, sendo, portanto, cúmplices do favorecimento de contratação da empresa sem competição na licitação.
“A empresa adquiria o material didático com direitas autorias e utilizava isso como justificativa para que fosse contratada, por que somente ela teria esse material didático para fornecer os municípios. Porém, os municípios não justificaram por que o material seria o único capaz de atender os interesses do poder público, não demonstrado a viabilidade de competição” disse.
Foram feitos questionamentos junto à assessoria da PF sobre os valores desviados de Campo Maior e também como era o esquema: seria o pagamento por livros não entregues? Seriam livros superfaturados?
A resposta foi a de que não tem, ainda, um valor estimado, pois as investigações estão em andamento.
A Operação
A Operação Monopolium envolveu 45 policiais federais e estiveram em Campo Maior, Barras, Teresina e São Miguel do Tapuio cumprindo 13 mandados de busca e apreensão em endereços associados aos investigados e em empresas citadas no esquema.
Foram apreendidos aparelhos eletrônicos (celulares e computadores), documentos, quantia em dinheiro, armas, munições e automóveis nos endereços visitados pela PF, que irão servir de provas para reforçar a tese investigativa e identificar outros servidores públicos ou particulares envolvidos no esquema, além de usar os bens adquiridos com os recursos desviados da educação para ressarcimento ao erário público.