20% das mulheres foram ameaçadas de morte por atual ou ex, diz pesquisa

Pesquisa do Instituto Patrícia Galvão foi divulgada nesta segunda-feira

25/11/2024 - 10:30

Uma pesquisa do Instituto Patrícia Galvão, divulgada no Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, revela que 21% das mulheres já foram ameaçadas de morte por parceiros ou ex. O levantamento, realizado com 1.353 entrevistadas em outubro, mostra que 18% sofreram ameaça de um parceiro e 3% de mais de um. Mulheres pretas são as mais afetadas (25%), seguidas por pardas (19%) e brancas (16%).

Segundo a pesquisa, 6 em cada 10 brasileiras conhecem uma mulher ameaçada de morte por um parceiro ou ex. A dependência econômica (64%), a esperança de mudança do agressor (61%) e o medo de ser morta ao terminar a relação (59%) são os principais motivos que levam as vítimas a permanecer em relações violentas. O medo é citado, em média, em 46% dos motivos que levam mulheres a permanecer em relações violentas, sendo 44% entre mulheres brancas e 49% entre mulheres negras. 

CIÚMES E SOCIEDADE MACHISTA

Quase 9 em cada 10 mulheres acreditam que feminicídios ocorrem por ciúmes e possessividade de parceiros que se consideram donos delas. Já 44% apontam a cultura machista como causa do feminicídio íntimo. 

MEDIDA PROTETIVA E SENSAÇÃO DE IMPUNIDADE

Para 9 em cada 10 mulheres, todo feminicídio poderia ser evitado com proteção efetiva do Estado e da sociedade. No entanto, a maioria acredita que medidas protetivas são ineficazes se o agressor não as respeita e a polícia não garante a segurança.

Influência da mídia e redes sociais

Nove em cada dez mulheres acreditam que os casos de feminicídio aumentaram nos últimos cinco anos, e seis em cada dez associam esse crescimento à sensação de impunidade. Para 8 em cada 10, as redes sociais desempenham um papel crucial na conscientização e mobilização contra o feminicídio.

Entre as estratégias sugeridas estão campanhas educativas, monitoramento de conteúdos violentos, criação de grupos de apoio online e o uso de influenciadores para promover igualdade de gênero e respeito.

Fonte: MEIO NORTE