Dia da Amizade: relações de qualidade impactam na saúde emocional

O Dia da Amizade, celebrado nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, é uma data que nos faz refletir sobre a qualidade das nossas relações interpessoais e a importância que a amizade exerce em nossa saúde emocional e psicológica. Mais do que considerar ter amigos, é preciso que essas ligações sejam saudáveis, ainda que não haja uma interação constante.

Segundo o psicólogo Rodrigo Lopes, a amizade verdadeira vai muito além da quantidade de amigos que se tem; ela se baseia na troca de emoções e no apoio mútuo, especialmente nos momentos difíceis. “O importante não é ter uma grande quantidade de amigos, mas ter amigos que lhe deem atenção, assim como você também dará no momento que eles precisam”.

Nesse sentido, a amizade precisa ser uma relação genuína, sendo um espaço para o carinho, a escuta e o cuidado, mas também para a cobrança construtiva, quando necessário. “Amigo de verdade ele ama, cuida, escuta, se doa, dá puxão de orelha quando errar e fala, por mais que doa, caso contrário, essa pessoa não será seu amigo, mas apenas um colega”, completa o psicólogo.

Segundo o profissional, ter essa relação aberta e de confiança com um amigo demonstra que, ao contrário do que muitos pensam, ser amigo não é apenas sobre estar presente nos bons momentos, mas também sobre ter a coragem de ajudar o outro, mesmo quando isso exigir algum desconforto.

O conceito de amizade, como explica Rodrigo Lopes, pode ser algo subjetivo e único para cada pessoa. Algumas amizades são tão profundas que, mesmo com longos períodos de distância, ao se reencontrarem, o respeito e o afeto permanecem intactos, como se tivessem se visto recentemente.

Ter poucos amigos é positivo

A solitude também é uma realidade para muitas pessoas que preferem ter poucos amigos, que preferem investir tempo de qualidade ao lado daqueles que são tão importantes. Essa escolha consciente reforça que o importante não é a quantidade de amigos, mas a qualidade do relacionamento com os poucos que se mantêm por perto.

A busca por qualidade em vez de quantidade nas relações sociais tem sido uma realidade cada vez mais recorrente, especialmente devido às redes sociais. O psicólogo Rodrigo Lopes explica que cada vez mais as pessoas estão preocupadas com a privacidade e autenticidade das relações.

“Hoje, infelizmente, com as redes sociais, nós estamos vendo uma grande realidade de inveja, de likes, de pessoas que querem ter a vida do outro, de achar que a vida do outro é melhor. Isso tudo está fazendo com que as pessoas fiquem com um pouco mais de receio do que vão mostrar de suas vidas e se tornam mais criteriosas ao decidir quem entra em suas vidas”, conclui o profissional.